Proposta de cessar-fogo aceita pelo Hamas é diferente da que Israel ajudou a fazer
O Hamas concordou nesta segunda-feira (6) com uma proposta de cessar-fogo para a Faixa de Gaza que diverge daquela que Israel ajudou a elaborar com o Egito há mais de uma semana, disseram autoridades de Israel e dos Estados Unidos.
Essa proposta pede o fim da guerra, algo que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que não aceitará, segundo a fonte americana.
“Isso inclui o fim permanente das hostilidades, o que é uma linha vermelha para Netanyahu”, destacou.
“Esta não é a mesma posição [de Israel]”, advertiu a fonte israelense.
A autoridade israelense ressaltou que seu governo está enviando uma delegação para se reunir com mediadores egípcios e cataris, a fim de compreender melhor a última proposta e determinar se um acordo pode ser aceito.
Hamas aceita proposta de cessar-fogo
O chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, ligou para mediadores para informar que o grupo armado aceitou uma proposta para um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns feita pelo Catar e pelo Egito.
Uma fonte afirmou à CNN que o acordo que o grupo armado aceitou é diferente daquele que Israel ajudou a construir com os mediadores de Catar e Egito.
Israel ainda não aceitou a medida, mas Netanyahu afirmou que enviará uma delegação para negociações.
“Paralelamente, embora a proposta do Hamas esteja longe das exigências necessárias de Israel, Israel enviará uma delegação de trabalho aos mediadores, a fim de chegar a um acordo em condições aceitáveis para Israel”, afirmou.
Uma fonte diplomática familiarizada com as discussões disse à CNN que, depois de uma reunião em Doha, capital do Catar, entre o diretor da CIA, a agência de inteligência dos EUA, William Burns, e o primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, os mediadores convenceram o Hamas a aceitar um acordo de três fases.
Os Estados Unidos ressaltaram que estão analisando a resposta do Hamas, enquanto o presidente da Turquia pediu que Israel aceite o acordo.
*com informações da Reuters