Em entrevista à Contigo!, Ellen Milgrau desabafou sobre as dificuldades que encontrou durante período que atuou como voluntária no Rio Grande do Sul
Conhecida por compartilhar vídeos limpando casas de pessoas impactadas por problemas de saúde mental, Ellen Milgrau tem ganhado ainda mais destaque nas redes sociais após ter iniciado um projeto de voluntariado no Rio Grande do Sul. Em conversa com a Contigo!, a influenciadora revelou as maiores dificuldades que tem encontrado durante o período em que está na região.
“É aterrorizante. São milhares de casas ainda destruídas, muitas famílias desabrigadas, pessoas que perderam tudo. O cenário é de total tristeza”, desabafou Ellen, que conta com mais de 2 milhões de seguidores apenas no TikTok.
Na última semana, a modelo causou ao compartilhar um relato de uma moradora do Rio Grande do Sul desabafando sobre influenciadores que viajaram para o estado em busca de se autopromover e não ajudar ninguém. Em meio a polêmica, ela conta que a falta de pessoas disponíveis para ajudar foi o que, principalmente, a motivou a viajar para o sul.
“Minha principal motivação foi imaginar que o cenário seria caótico depois que a água diminuísse. Foram 30 dias com as casas submersas. Infelizmente eu estava certa, porque o que encontramos foi uma região totalmente destruída. Toda ajuda ainda é pouca perto do que estão precisando agora”.
Ellen conta que saiu de São Paulo acompanhada de mais 10 amigos, que logo nos primeiros dias atuando como voluntários conseguiram limpar 15 casas e um mercadinho. O trabalho contou com tirar entulho dos imóveis e levar água para alguns moradores, algo que tem sido uma das dificuldades das famílias impactadas pelo desastre natural.
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“Falta de apoio público no fornecimento de água pra tirar a lama das casas e lavar tudo, falta trator pra remover as montanhas de lixo que estão por toda parte. E é muito difícil lidar com a sensação de impotência em ver que, por mais que a gente ajude, ainda falta muito a ser feito. Às vezes parece que todo o esforço foi em vão”, afirma.
A criadora de conteúdo conta que, por enquanto, não conseguiu muitas pessoas para ajudar, mas que chegou a conversar com algumas marcas, para investir na região e em seu projeto solidário. “Falei com diversas empresas, mas nem todas quiseram ajudar”.
“Tive apoio de marcas que já são minhas parceiras e contribuíram com produtos e logística para as faxinas. Meus seguidores também contribuíram muito com a vaquinha que divulguei no Instagram. Mas muita coisa eu precisei investir do meu bolso pra fazer o mutirão acontecer”, finaliza.