Com censura da China contra mulheres de lingerie, homens substituem modelos
Vestindo uma peça atrevida de lingerie de seda, um modelo masculino dança ao ritmo e forma um coração com os dedos durante uma sessão de transmissão ao vivo no Douyin, uma das plataformas de compartilhamento de vídeos mais populares da China.
Seu desempenho como modelo é a ilustração mais recente do tipo de inovação empreendedora, às vezes necessária, para contornar a rigorosa censura da internet na China, uma rede que pode atrair atividades aparentemente inócuas – neste caso, varejistas que vendem roupas íntimas femininas online.
A China implanta um dos regimes de censura mais rigorosos do mundo, com um histórico de bloqueio não apenas de informações politicamente sensíveis, mas também de imagens de corpos de mulheres considerados inapropriados.
Várias empresas especializadas na venda de lingerie por meio de transmissão ao vivo, tiveram suas sessões interrompidas depois que apresentaram uma modelo feminina e seu problema com a censura na Internet veio à tona em janeiro. Daí o uso de homens em seu lugar.
Em um dos canais de vendas, um homem é visto vestido com lingerie preta, ao lado de um manequim mostrando uma roupa semelhante, no que parece ser uma captura de tela de uma transmissão ao vivo no Taobao Live do Alibaba, uma plataforma de streaming para a gigante do comércio eletrônico.
Em outra imagem, um modelo masculino diferente colocou um vestido rosa e um xale de seda, complementado com tiaras de orelhas de gato.
Fonte da matéria; CNN Brasil