Veja as marcas de pão que podem de comprometer no teste do bafômetro por conter teor alcoólico

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) identificou níveis elevados de álcool em algumas marcas de pão de forma no Brasil, suficiente para que o consumidor possa reprovar no teste do bafômetro após consumir apenas duas fatias.

Marcas e Teores de Álcool

Foram analisadas 10 marcas líderes de mercado. Seis delas – Visconti, Bauducco, Wickbold 5 Zeros, Wickbold Sem Glúten, Wickbold Leve e Panco – apresentaram teores altos de álcool.

Marcas e Teores Alcoólicos:

• Bauducco: 1,17% – Não conforme
• Visconti: 3,37% – Não conforme
• Panco: 0,51% – Não conforme
• Plus Vita: 0,16% – Conforme
• Seven Boys: 0,5% – Conforme
• Wickbold 5 Zeros: 0,89% – Não conforme
• Wickbold Leve: 0,52% – Não conforme
• Wickbold Sem Glúten: 0,66% – Não conforme
• Wickbold: 0,35% – Conforme
• Pullman: 0,05% – Conforme

Risco no Bafômetro

Três marcas – Bauducco, Visconti e Wickbold 5 Zeros – apresentaram teores suficientes para que o consumo de duas fatias possa reprovar no bafômetro.

Risco no Bafômetro (g/porção de 50g – 2 fatias):

• Bauducco: 0,59g – Risco
• Visconti: 1,69g – Risco
• Wickbold 5 Zeros: 0,45g – Risco

Como o Álcool Chega ao Pão?

O processo de fermentação dos pães transforma os açúcares em álcool etílico e gases. Embora a maioria do álcool evapore no forno, algumas indústrias utilizam conservantes diluídos em álcool para evitar mofo, o que pode aumentar o teor alcoólico final.

Reações e Medidas

A Proteste enviou os resultados para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sugerindo a criação de um limite máximo de álcool nos pães e a realização de ações de fiscalização.

Respostas das Empresas

As empresas Bauducco, Visconti, Panco e Wickbold afirmaram seguir rigorosos padrões de segurança alimentar e negaram irregularidades, questionando a metodologia do estudo da Proteste.

A Proteste lançou a campanha “Se tem Álcool, todo mundo tem direito de saber”, defendendo a transparência para que os consumidores possam fazer escolhas informadas.