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Famoso influenciador Renato Cariani é alvo de investigação por venda de produto para fabricação de crack

Empresário acumula mais de sete milhões de seguidores nas redes sociais

Professor de química, atleta profissional, empresário e youtuber. Este é o perfil de Renato Cariani, influenciador fitness e um dos alvos da operação da Polícia Federal que investiga o desvio de um produto químico para produção de crack. Ao todo, 18 mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante a ação que ocorreu em três estados brasileiros. As informações são do g1.

 

Influenciador fitness é alvo em investigação de desvio de produto químico para produção de crack

Ele conta, ainda, com um site oficial que oferece cursos de nutrição, musculação, investimento, inglês e sobre como montar um canal no YouTube.

 

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Em entrevista ao ge durante um evento em São Paulo no mês de outubro, Cariani falou como transformou o bullying da infância em combustível para adotar hábitos alimentares mais saudáveis.

— O meu amor pelo fisiculturismo veio pelo amor que eu tive pela musculação. A musculação transformou a minha vida. Eu era um garoto que sofria muito bullying na escola por ser obeso e entrei na academia para fugir do bullying. Descobri que a academia me deixava mais forte, mas não era apenas no corpo, mas forte na mente. Me deixou mais disciplinado, concentrado e resiliente — alega.

Ele também disse que a formação em três áreas distintas (química, administração de empresas e educação física), o ajudaram a se tornar um empresário de sucesso do ramo fitness.

O empresário é sócio da Supley, maior fabricante de suplementos da América Latina que projeta faturar R$ 1 bilhão só em 2023.

Ele também é sócio da Anidrol, uma indústria química de Diadema, na Grande São Paulo, e alvo da operação desta terça-feira. Um mandado de busca contra ele também foi cumprido. A reportagem tentou contato com a defesa do investigado, mas não teve retorno.

Entenda a ação

Ao todo, são 18 mandados de busca e apreensão, sendo 16 em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Paraná. A suspeita é de que o grupo desviou toneladas do produto químico para produzir entre 12 e 16 toneladas de crack, de acordo com a Polícia Federal.

Ainda segundo a investigação, a estimativa é de que o quilo do crack no mercado interno brasileiro seja vendido entre US$ 3 mil e US$ 5 mil.

Conforme a Polícia Federal, a investigação teve início em 2022, depois de uma empresa farmacêutica multinacional comunicar que foi notificada pela Receita Federal sobre notas fiscais faturadas em nome dela com pagamento em dinheiro não declaradas.

O estabelecimento, no entanto, alegou que nunca fez a aquisição do produto, não tinha esses fornecedores e desconhecia os depositantes. Com as informações, a Polícia Federal deu início à investigação e identificou, entre 2014 e 2021, que o grupo emitiu e faturou notas em nome de três empresas grandes de forma fraudulenta: AstraZeneca, LBS e Cloroquímica.

A operação desta terça-feira é realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO do MPSP) de São Paulo e a Receita Federal. A PF pediu a prisão dos envolvidos, no entanto, a Justiça negou a solicitação, mesmo com o parecer favorável do Ministério Público.

Confira imagens da operação

 

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