Filho e esposa de Maguila relembram personalidade do ícone do boxe
Júnior, o filho mais novo, e Irani, a viúva, destacaram a importância que Maguila dava ao respeito e à tolerância, além de sua oposição ao preconceito
Em entrevista ao Fantástico, exibida neste domingo (27/10), Júnior, o filho caçula de Maguila, e Irani, sua esposa, falaram sobre as qualidades do boxeador, que sempre defendia o respeito e a tolerância, além de se opor ao preconceito. O rapaz destacou que seu pai tinha perspicácia para questões sensíveis.
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“O meu pai era essa pessoa simples, que tinha um olhar tão crítico e tão respeitoso. Ele parte do princípio do respeito, de respeitar o próximo, o que ele tem a ver com a vida das outras pessoas?”, disse.
Contribuição científica
Após sofrer de encefalopatia traumática crônica, antiga demência pugilística, em 2018 Maguila decidiu doar seu cérebro para estudos na Faculdade de Medicina da USP, que investiga os efeitos de lesões na cabeça de atletas. Além dele, cérebros de outros atletas também fizeram parte da pesquisa, como Éder Jofre e Luís Bellini, que foi o capitão da seleção brasileira durante a conquista do primeiro título mundial na Copa de 58.
A esposa do boxeador mencionou que a doação poderia ajudar a identificar melhor a doença. “A equipe médica conversou comigo: ‘Irani, essa doença a gente só vai poder ter um diagnóstico final dela. Quando a pessoa morre, pega o cérebro e vai para estudo. E ali a gente pode até ajudar outras pessoas’. Ele estava bem e disse: ‘pode fazer isso’”, afirmou.
Legado
Atualmente, Júnior cuida do acervo e das redes sociais de seu pai, mantendo seu legado vivo. Ele refletiu sobre como a relação entre eles se tornou mais forte no final da vida de Maguila, dizendo que o amor entre eles se intensificou e que os olhos do pai brilhavam quando ele o visitava.
“Eu acho que ele deixou marcas que quebraram muitas barreiras. Agora, no final da vida a nossa relação foi se transformando. O amor que já existia foi se inflamando positivamente. Eu chegava pra visitar ele e os olhos dele brilhavam”, conta.